Durante o mês de Julho toda minha família esteve ausente da Igreja, pois haviam algumas pendências que deveriam ser resolvidas naquele período. Determinei em meu coração que continuaria freqüentando os cultos, ainda que “sozinha”. Neste mesmo período, senti que deveria atender o “ide” do Senhor, pois como já sabemos, fomos chamados para apregoar as Boas Novas do Evangelho; devemos “ir à todo o mundo e pregar o evangelho a toda criatura” (Marcos 16:15). Me lembrei que durante um período muito difícil da minha vida eu havia feito uma “aliança” com Deus, e prometi à Ele que falaria a Sua Palavra àqueles que deveriam ouvir sobre Jesus, o preço de Seu sangue derramado na cruz e a redenção; Prometi que pregaria instes a tempo e fora de tempo (2 Tim 4:2), e aquele era o momento. Em um determinado culto, o Senhor falou comigo a respeito do Salmo 40, pois eu andava impaciente e deveria aprender a esperar em Deus. Naquela mesma semana falei com os dirigentes da Igreja, que determinaram que, na próxima semana, eu seria a responsável por trazer a Palavra do Senhor. Iniciou-se, então, mais um Chamado de Deus em minha vida.
Sempre tive em mente a responsabilidade que há nos ombros daqueles que são chamados por Deus. Assim como o apóstolo Paulo, devemos saber que “coitado de nós, se não pregarmos o evangelho” (1 Co 9:16). Deus nos chamou para uma missão e, a partir do momento em que entregamos nossas vidas para Jesus, entregamos a Ele nossos planos, projetos, sonhos e, acima de tudo, nosso “livre arbítrio”. E a partir daí, não podemos recusar o mandado do Senhor.
Muitas vezes, “realizar a vontade de Deus” envolve espera, coisa difícil para o ser humano, que costuma querer tudo para agora. Eu, particularmente, tenho muita dificuldade em esperar; na maioria das vezes estive correndo: corria para pegar o ônibus – já que detestava ficar no ponto esperando; corria para chegar logo em um determinado lugar, pois caminhar significava o dobro do tempo – o que era uma tortura; riscava no calendário os dias quando queria que um determinado dia chegasse; enfim… Levei uma vida turbulenta por muitos anos, já que “esperar” sempre foi um grande desafio para mim. Finalmente o “dia do Senhor” chegou, e me foi pedido ESPERA; Deus falou comigo no Salmo 40, já que andava impaciente, e desta maneira, Ele não poderia realizar Seus planos em minha vida. Me recordei que há aproximadamente três meses “quebrei” o período de espera, me precipitei e joguei todo o projeto de bênção de Deus em minha vida pelo “ralo”. E foi exatamente isto que enfatizei na mensagem daquela noite: a espera em Deus e as conseqüências da impaciência.
No início deste ano propus em meu coração que enquanto não fosse da vontade de Deus, não colocaria em ação determinado sonho. Fui educada na presença do Senhor, e meus pais sempre me disseram o que é certo ou não conforme a Bíblia. Todo ser humano foi criado segundo a vontade de Deus; do Senhor viemos e para Ele voltaremos, portanto devemos dedicar nossas vidas em prol da Sua vontade, pois a vontade de Deus é perfeita e se seguirmos seus planos, tudo tende a dar certo. Quando fiz aquele propósito com o Senhor, estive consciente de que o tempo de Deus não é o nosso tempo, portanto poderia se passar um ano, dois ou dez anos sem que Suas promessas se cumprissem, mas eu deveria esperar em Deus. Foi assim com Abraão, quando Deus prometeu que faria dele uma grande nação. O tempo se passou, sua mulher Sara não gerava filhos, e, assim como Abraão, passamos a duvidar das Promessas de Deus, já que somos infiéis. Contudo, ainda que sejamos infiéis, o Senhor permanece fiel (2 Tim 2:13). Aleluia! E comigo não foi diferente: me esqueci do que prometera à Deus, assim como da Sua Palavra: “Esperei com paciência no Senhor, e Ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor”. Deixei a paciência e a espera de lado, e resolvi fazer o que me convinha. Entretanto, quando resolvemos “passar a carroça na frente dos bois”, não nos lembramos que todos os nossos atos resultam em conseqüências; conseqüências estas que podem gerar “seqüelas” para a vida toda. Voltando à Abraão, sabemos que ele tomou para si uma concubina, Agar, e com ela Abraão teve um filho chamado Ismael. Abraão tentou cumprir o plano de Deus por si só, do jeito dele, já que ele e sua esposa estavam velhos, e acreditavam que talvez o Senhor tivesse se esquecido de Sua Promessa. Mas será isto possível, que o Senhor possa se esquecer daquilo que prometeu? De maneira alguma! “O céu e a terra passarão, mas as palavras do Senhor não hão de passar” (Mt 24.35; Mc 13.31). Todas as promessas que Deus fez se cumpriram, e assim também será em nossas vidas. Mas para que isto aconteça, devemos saber (e colocar em prática) cinco princípios:
1. A vontade de Deus é sempre boa.
Devemos compreender qual é a vontade de Deus para nossas vidas (Ef. 5:17). Deus tem um projeto específico para cada um, e se compreendermos qual é a Sua vontade, caminharemos a fim de fazê-la se cumprir em nós. Contudo, sabemos identificar qual é a vontade Dele quando esta é boa, conforme Romanos 12:2: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus“. Quando o Senhor está envolvido, podemos passar por momentos difíceis que nos levarão ao cumprimento de Sua vontade, mas estaremos seguros de que nada poderá impedir que experimentemos a nossa vitória. Mas devemos ter em mente o fato de que Satanás é astuto, e que devemos estar firmes contra suas ciladas (Ef. 6:10,11). Muitas vezes nos serão apresentadas “boas” propostas, mas em tudo devemos pedir confirmação ao Espírito Santo, para saber se isto provém ou não de Deus. À primeira vista, os “manjares” do inimigo parecem muito bons aos nossos olhos, mas o seu propósito é unicamente “estragar” e “retardar” os planos do Senhor, já que o Senhor não retarda a sua promessa (ainda que alguns a têm por tardia) – 2 Pe 3:9. Saiba que o único ser em todo o Universo que pode impedir os planos de Deus é VOCÊ mesmo. Satanás oferece suas falsas propostas, cabe a você recusá-las e optar por esperar a boa vontade de Deus.
2. Persigamos a vontade de Deus.
Para perseguir a vontade Deus, devemos nos transformar. Assim como um borboleta, só estaremos aptos a fazer a vontade de Deus se passarmos por uma metamorfose, por uma transformação total e completa. Primeiro, devemos nos entregar completamente à Deus, oferecermos à Ele corpo e alma. A partir daí, permitimos que o Senhor renove a nossa mente, pois isto só nos é possível se entregarmos nossas vidas à Ele. Além disso, devemos procurar ouvir a voz do Senhor, para então perseguirmos a Sua vontade. O próprio Jesus disse que as Suas ovelhas ouvem a Sua voz (Jo 10:27). Somos ovelhas do seu pasto (Salmo 100:3), e por isso reconhecemos a voz de Deus, nosso Pastor. E a Sua voz se torna cada vez mais audível em nossos corações a partir do momento em que O buscamos todos os dias. Daniel orava três vezes ao dia, e é um exemplo vivo de alguém que ouvia a voz do Senhor e obedecia. Daniel sabia qual era a vontade de Deus em sua vida, por isso ele não se envolveu com as situações externas; Daniel foi um homem mui amado por Deus, pois ele guardava em seu coração os princípios do Senhor, e se colocava na Sua disposição por completo, perseguindo sempre a vontade de Deus. Assim como Daniel, quanto mais tempo buscarmos o Senhor, mais intimidade teremos com Ele. Assim, será mais fácil reconhecer a direção certa, por onde seremos dirigidos a fim de experimentar Sua boa, perfeita e agradável vontade.
3. Aprenda a ouvir a voz de Deus.
Deus fala conosco de muitas maneiras. Assim como citei anteriormente, aqueles que O servem, devem ter intimidade com Ele a fim de que possam reconhecer facilmente a Sua voz. Deus fala com os seus servos de muitas maneiras. Sejam elas através de sonhos, da Sua própria Palavra (Bíblia) ou através de seus servos, os profetas. Independente de como o Senhor possa nos falar, só poderemos ouvir a Sua voz se tivermos o coração e a mente abertas. Se a nossa vontade estiver imperando, o Senhor deixará de nos guiar segundo os Seus planos, pois já estaremos determinados a seguir nossos caminhos. Como sabemos, os caminhos do homem não são os caminhos de Deus (Isaías 55:8); aprenda a compreender e ouvir a voz do Senhor, pois Ele tem o melhor para aqueles que são Seus filhos. Tudo o que o Senhor nos faz é em resposta àquilo que pedimos em oração, na nossa intimidade com Deus. Mas a forma como Ele irá nos responder, é Ele quem decide. E dentre as muitas formas, citarei (a seguir) quatro delas, das quais já experimentei – e tenho experimentado.
a) Deus fala através de Sua Palavra.
Muitas vezes em minha vida, antes de tomar qualquer decisão, eu dobrei meus joelhos e pedi a Deus que me direcionasse conforme a Sua vontade. Na maioria das vezes abri a Bíblia e o Senhor me direcionou à um determinado versículo, me mostrando exatamente aquilo que deveria fazer. O salmista Davi declara em Salmos 29:4 que “a Palavra do Senhor é poderosa; a voz do Senhor é majestosa”, e tenho tido prova disto todos os dias, quando medito na Palavra de Deus. Todas as vezes que lemos a Bíblia, Deus nos dá uma nova interpretação de cada Palavra ali dita; Ele é um Deus dinâmico, e até mesmo Suas misericórdias se renovam a cada manhã (Lam 3:22,23). Embora Ele tenha falado com Seu povo no passado usando exatamente as mesmas palavras presentes na Bíblia, tais palavras se encaixam perfeitamente em nossa situação atual, ainda que as circunstâncias sejam diferentes.
Um exemplo Bíblico de alguém que Deus falou através de Sua Palavra é Daniel, quando ele compreendeu através das Escrituras (leitura de Jeremias), que a desolação de Jerusalém iria durar setenta anos – conforme Dan 9:1,2. E assim, Daniel compreendeu qual era a vontade Deus. Se olharmos as Sagradas Escrituras, veremos que Davi inicia o livros dos Salmos citando sobre a “bem-aventurança” daqueles que servem à Deus, e a característica principal de um servo bem-aventurado é aquele que “medita na lei do Senhor de dia e de noite” (Salmos 1:2). Me lembro que durante o período em que estive estudando para o Vestibular, passei a ler muitos livros de diversos autores. Estudava e lia quase o dia todo, até que o Senhor falou claramente comigo para que eu meditasse apenas na Sua Palavra. Eu estava deixando de lado a Palavra do Senhor, pois caso contrário, não daria conta de ler os tantos livros que eu achava necessário para se ter um bom desempenho naquele Vestibular. Muitas vezes deixamos de lado a vontade de Deus, por achar que as nossas necessidades são superiores aos planos Dele, ao passo que nenhuma situação – por mais embaraçosa que pareça – pode nos separar do amor de Deus (Rom 8:38,39) e de Sua vontade. Naquele mesmo dia, pude compreender que a graça do Senhor me bastava (2 Co 12:9), e passei a meditar nas Suas Escrituras de dia e de noite. Como resultado do meu empenho, perseverança e compromisso com Deus, em Fevereiro de 2009 pude contemplar a misericórdia do Senhor mais uma vez em minha vida, quando meu nome estava presente na lista dos aprovados no Vestibular Comvest (UNICAMP). Desta forma, pude compreender que aqueles que buscam, esperam e confiam no Senhor comem sempre o melhor de Suas mãos.
b) Deus fala através de Sonhos e Visões.
Na Bíblia há muitos exemplos de homens a quem Deus revelou a Sua vontade através de sonhos ou visões. Um destes casos – e o meu preferido – é o de José. Deus revelou a José todos os Seus planos através de sonhos, e por isso ele se manteve firme, confiando e esperando sempre em Deus. E por mais dura que fosse a realidade, José soube colocar nas mãos do Senhor seus anseios e desejos, sua vida e suas vontades; Ele permaneceu fiel na presença do Senhor, ainda que vendido por seus irmãos ou preso, acusado injustamente pela mulher de Potifar. José não deixou seu coração esmorecer; ele confiava no Senhor e se apartava do mal. Todas as Promessas de Deus reveladas a José foram cumpridas, pois ele tinha, acima de tudo, intimidade com Deus e a Sua Palavra, podendo, assim, compreender Sua perfeita vontade.
Outra prova na Bíblia de que Deus fala através de sonhos e visões é Paulo. Logo no primeiro encontro com Jesus, Paulo pôde experimentar das visões de Deus (Atos 9). E mais tarde, após sua conversão, Paulo teve novamente uma visão do Senhor, quando ele havia planejado ficar e pregar em Jerusalém – pois Paulo achava que, por ser conhecido entre os judeus, ele poderia convencê-los à conversão. E o Senhor ordenou a Paulo que saísse imediatamente de Jerusalém, pois não aceitariam o seu testemunho a respeito de Jesus; Além disso, a vontade de Deus era enviá-lo aos gentios de longe (Atos 22:17-21). E como resultado da busca pelo Senhor e obediência Nele, Paulo teve sua vida completamente mudada, e o evangelho foi pregado por todo o mundo.
c) Deus fala através das circunstâncias.
Deus sabe a melhor maneira de revelar a Sua vontade aos Seus filhos. Por diversas vezes pedi confirmação à Deus através de Sua Palavra, mas não obtive resposta. Passados alguns dias, Deus me mostrou qual era a vontade Dele através das circunstâncias. Exemplo disto foi Eliezer, servo de Abraão, que orou e pediu ao Senhor que o guiasse na escolha de uma esposa para Isaque. Naquela situação, foi pedido a Deus uma prova, a fim de que Ele mostrasse qual moça, de fato, deveria ser a escolhida para Isaque (Gen 24:12-14):
Senhor, Deus de meu senhor Abraão, dá-me hoje bom encontro, e faze beneficência ao meu senhor Abraão!
Eis que eu estou em pé junto à fonte de água e as filhas dos homens desta cidade saem para tirar água;
Seja, pois, que a donzela, a quem eu disser: Abaixa agora o seu cântaro para que eu beba; e ela disser: Bebe, e também darei de beber aos teus camelos; esta seja a quem designaste ao teu servo Isaque, e que eu conheça nisso que usaste de benevolência com meu senhor.
E assim, Deus usou as circunstâncias para mostrar a Eliezer qual era a Sua vontade. E ela pôde ser cumprida na vida de seu servo, Isaque.
d) Deus fala através de profecias e dons do Espírito.
Muitas vezes Deus fala diretamente conosco, sem que use a Palavra, sonhos, visões, profecias ou circunstâncias, como foi o caso de Moisés, em que Deus falou diretamente, face-a-face, sem que precisasse de meios. Moisés foi um caso a parte, embora Deus continue falando diretamente com seus servos nos dias atuais, porém não face-a-face. Em muitas situações simples, como por exemplo, qual ônibus deveria tomar ou qual trajeto deveria fazer, Deus me orientou falando claramente em meu coração. Mas muitas vezes, em situações complexas, Deus falou comigo através de seus servos em profecia, como fez a Paulo – quando teve a confirmação de Deus a respeito de algo que ele próprio já sabia em seu coração, através de um profeta chamado Ágabo (Atos 21:10). Certa vez o Senhor me mostrou qual era a Sua vontade através de um sonho, mas como eu era ainda uma criança, não compreendi que aquele sonho era um plano de Deus revelado a mim. Sendo assim, Deus enviou uma pessoa que, através dos dons do Espírito, me revelou o significado daquele sonho. Porém, o que tem ocorrido nos dias atuais, é que algumas pessoas ficam desesperadas por uma resposta ou palavra de Deus; metade destas pessoas oram em um dia por algo específico – a outra metade sequer ora – e já esperam por uma resposta imediata. O que elas não sabem é que Deus tem Suas formas de trabalhar, e por não saberem esperar com paciência a resposta do Senhor, logo tratam de procurar seus meios, a fim de “forçar” o Senhor a dar-lhes uma resposta. Nessa busca, Satanás prepara falsos profetas a fim de que lhes dêem falsas palavras em nome de Deus. E a vida destas pessoas se transformam em um caos. Portanto, queira saber os três propósitos específicos da profecia: edificar sua fé, encorajar a seguir em frente e consolar para acalmar e confortar, conforme 1 Co 14:3.
Mas quem profetiza o faz para edificação, encorajamento e consolação dos homens.
Ainda assim, o melhor caminho para se alcançar a Promessa é a espera, busca e persistência. Aqueles que esperam com paciência em Deus, buscam a Sua face constantemente e persistem – assim como aquela mulher que “importunou o juiz” (Lc 18:1-8), alcançam a sua vitória. Mas se houver profecia, saiba que ela deve confirmar algo que você já sabe em seu coração. Além do mais, ela deve estar de acordo com as Escrituras.
4. Louve. Não murmure.
A Palavra do Senhor nos diz em 1 Ts 5:18 que em tudo devemos dar graças; ou seja, independente das circunstâncias,dos embaraços ou tribulações da vida, em tudo isso devemos louvar ao Senhor, pois Ele se agrada daqueles que Nele esperam sem murmurações e reclamações. Muitas vezes o salmista Davi escreveu sobre a espera no Senhor. Davi foi um homem segundo o coração de Deus porque ele tinha um coração quebrantado; Davi sabia reconhecer suas fraquezas e por isso se humilhava todos os dias perante a Face do Senhor, entregando à Ele seus anseios e desejos, e em nenhum momento levantou a sua voz para murmurar. Deus procura por homens como Davi; homens valentes e retos de coração, que se apartam do mal e buscam a Sua face. Será que estamos prontos a esperar pelas promessas do Senhor sem reclamações e murmurações? Muitas vezes pensamos que o Senhor se esqueceu de nós, mas Ele é longânimo para conosco, e não retarda a Sua promessa. Deus sabe o momento certo de agir, e sabemos que o nosso tempo não é o tempo de Deus, pois um dia para o Senhor é como mil anos, e mil anos como um dia (2 Pe 3:8).
Na própria Bíblia temos um exemplo claro de um povo que não soube esperar com paciência no Senhor; logo, se desviaram da vontade de Deus e passaram a murmurar e reclamar, não alcançando a vitória. Deus libertou o povo de Israel da servidão do Egito, mas ao conduzi-los pelo deserto, e diante das provações, se esqueceram rapidamente da promessa do Senhor e seguiram seus próprios caminhos. Como resultado disto, Deus os fez peregrinar por mais quarenta anos pelo deserto, até que toda aquela geração fosse exterminada, e não entraram na Terra Prometida (Num 14:33). Outro exemplo de desobediência foi o próprio Moisés: embora Ele tenha sido um instrumento da realização da vontade de Deus, em um momento de grande tribulação em sua vida ele murmurou e desobedeceu ao Senhor, ferindo a rocha duas vezes (Num 20:11), o que também fez com que ele não experimentasse das Promessas.
Iniciei esta mensagem citando a respeito de um propósito que guardei em meu coração, mas que logo me esqueci do que havia prometido e decidi fazer aquilo que, para mim, parecia mais “conveniente”. E como aconteceu com o povo de Israel, minha impaciência gerou mais “quarenta anos” de espera. Pela misericórdia de Deus, Ele refez comigo uma nova aliança e prometeu que irei alcançar a minha bênção, embora isto me custe um preço muito maior agora do que se eu já tivesse ouvido a voz do Senhor e esperado pela Sua vontade. Este é o preço que pagamos, pois embora Deus seja um Deus longânimo e perdoador, Ele é também vingador de nossos feitos (Salmos 99:8). Por isso vale muito mais esperar pela vontade do Senhor, pois Ele sabe o que é melhor para nós. “Entregue o teu caminho ao Senhor; confia Nele, e todo o restante Ele fará” (Salmos 37:5).
5. – e o principal: NÃO DUVIDE.
Saiba que Deus tem suas formas de trabalhar, e não cabe a nós questionar a respeito de Sua vontade. Acaso pode a criatura contestar com o seu criador? Ou a obra dizer do seu artífice: “Não me fez”; e o vaso formado dizer do seu oleiro: “Nada sabe” (Is 29:16)?
Zacarias duvidou da Promessa do Senhor, e como conseqüência, Deus o deixou mudo até que a Promessa se cumprisse (Lc 1:20). Da mesma forma, Abraão teve a Promessa por tardia, e procurou realizar a vontade de Deus a seu próprio tempo. Como conseqüência, o filho que lhe nasceu de Agar (Ismael), foi quem ascendeu o povo árabe – inimigos do povo de Deus até os dias de hoje. No tempo de Deus, Abraão experimentou as promessas; porém, o resultado de sua impaciência não lhe foi poupado. Da mesma forma nós, se tentarmos “ajudar” o Senhor, teremos sérias conseqüências. Nós somos pobres e necessitados, mas se colocarmos nossas dependências nas mãos de Deus, Ele cuidará de nós e nos será auxílio e libertador (Salmos 40:1,17).
Jamais duvide das promessas de Deus. Saiba esperar sempre, sem murmurações, sabendo indentificar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus, perseguindo a Sua vontade, ouvindo a Sua voz, louvando sempre e o principal: jamais duvidar de Suas promessas. Somos filhos de Deus, escolhidos para a Sua Obra, e sobre nós há uma grande responsabilidade: levar a mensagem da cruz à todos os que estão perdidos. Somos representantes de Cristo e de Sua Palavra; somos soldados Seus e, assim como Paulo, devemos combater o bom combate e guardar a fé (2 Tim 4:7).
Prossiga para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fil 3:14).
Graça e Paz.
Referência: Livro “Your Will, Lord not Mine”, de Benny Hinn – páginas 21,22, 27-30, 33-41 (usadas nos tópicos 1 à 3).